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domingo, 25 de novembro de 2018

Festa das Colheitas


Na tarde do passado dia 24 de novembro, véspera de Cristo-Rei, a ACR (Ação Católica Rural) e a JARC (Juventude Agrária Rural Católica) de Castelo do Neiva organizaram a Festa das Colheitas, com Eucaristia e uma pequena feira rural, onde havia vários produtos hortícolas à venda e também doçarias, bebidas e petiscos, que decorreu no salão do Centro Social e Paroquial.
Já de véspera, e inserido no programa, tinha havido um momento de oração na capela de Nossa Senhora das Neves, extensivo à comunidade, com meditação em palavras começadas pelas letras da palavra MUNDO: Mudança, União, Natureza, Deus, Obrigado. “Somos Igreja que Evangeliza”, e evangelizando de uma forma simples se chega ao coração das pessoas.


Este ano a ACR e a JARC, de comum acordo, decidiram que o dinheiro angariado com a venda dos produtos seria para ajudar as obras que estão a ser realizadas na igreja paroquial, já que ambos os Movimentos usufruem das valências da paróquia gratuitamente.
Assim, por pouco que fosse, contribuíram um bocadinho para amenizar a despesa que está a ser feita na igreja, igreja que é de todos nós.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Partiu o Quim das ambulâncias

Foto: facebook do Centro Humanitário do Alto Minho

Acabo de chegar de um funeral. Todos os funerais são tristes mas há uns que nos entristecem mais do que outros. Este foi diferente porque o espírito do defunto, ou a sua memória, esteve presente em toda a cerimónia, sentia-se a sua presença benigna no meio de nós.
O Quim era voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa e uma pessoa que fazia o bem. Por isso foi escolhida a leitura do Evangelho que fala das bem-aventuranças. Bem-aventurados os que praticam o bem, assim a nossa fé nos ensina a esperança na felicidade eterna.
Eu não conhecia o Quim pessoalmente, apenas o vi algumas vezes em variadas circunstâncias e nunca falei para ele. Fui ao seu funeral como vou a muitos, sempre que posso procuro cumprir as obras de misericórdia que o Mestre nos deixou. Mas este funeral foi diferente.
Talvez pela presença de muita gente de fora, talvez pela presença de várias delegações da Cruz Vermelha Portuguesa por onde o Quim passou (Neiva, Marinhas, Aldreu e Póvoa de Lanhoso), do Centro Humanitário do Alto Minho, talvez por ver os seus elementos perfilados em sentido ao passar do caixão, indiferentes à chuva, talvez pelo prolongado apitar das sirenes dos muitos veículos de assistência presentes  quando o caixão baixou à terra, talvez pela saudade que já se fazia sentir no ar.
Do Quim eu apenas sabia que era o marido da Vânia. Que tinha um filho em comum com ela mas também era pai de uma menina, do primeiro casamento. Sabia que “andava nas ambulâncias”. E, ultimamente, sabia que estava doente. O nome e a idade não sabia. Sei agora. Era Joaquim Jorge, 40 anos, Quim para os amigos. E amigos eram muitos.
Hoje fiquei também a saber que era uma pessoa de bem. E tenho a certeza de que, como ele disse ao capelão do hospital de Viana e o padre Xavier achou por bem mencionar na homilia, o Quim foi para o Céu. Ele que tantos doentes transportou e de quem cuidava o melhor que podia nas suas deslocações para tratamentos ou emergências, não foi poupado pela doença, que o atacou de modo fulminante. E em pouco tempo partiu.
Descansa em paz, Quim. Tenho a certeza de que hoje haverá festa no Céu, porque chegaste lá com a tua alegria e boa disposição e os anjos te acompanharam à presença do Pai.