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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Três jovens de Castelo do Neiva nas Jornadas Mundiais da Juventude


Depois de quase trinta horas de viagem, de autocarro e avião, no dia 20 de janeiro cerca de trezentos jovens portugueses chegaram ao Panamá, na América Central, para participarem durante uma semana nas Jornadas Mundiais da Juventude. Entre eles estava o grupo de Viana do Castelo, onde se inseriam três jovens de Castelo do Neiva.


O Rodrigo Vaz, a Marlene Rodrigues e o Rafael Neves, jovens militantes da ACR (Ação Católica Rural) mais uma vez marcaram presença neste acontecimento de relevante importância para os jovens católicos, em que se encontram com o representante de Cristo na terra, neste caso o Papa Francisco. Para o Rafael e a Marlene já eram as terceiras jornadas: estiveram em Madrid (Espanha) em Cracóvia (Polónia) e agora no Panamá. Para o Rodrigo, que tinha ido à Polónia, eram as segundas.


Foi uma experiência mais do que enriquecedora para os três. Tiveram oportunidade de conviver com jovens de todo o mundo e ainda de estar com duas das mais altas personalidades portuguesas: o cardeal D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, e o presidente da República Marcelo Rebelo do Sousa.
Foram entrevistados e apareceram em vários órgãos de Comunicação Social. Tiraram fotos com jovens de muitos países que, ao ver a bandeira portuguesa que eles sempre traziam consigo e esperando-se já que as próximas Jornadas Mundiais da Juventude seriam em Portugal, para eles corriam a pedir a desejada fotografia e ansiando reencontrar-se no nosso país, em 2022.


Contam que foram muito bem recebidos pelo povo panamenho. Em todo o lado eram acarinhados, automóveis que passavam por eles na rua apitavam e acenavam-lhes em jeito de saudação. As pessoas eram muito acolhedoras e sorridentes.
Os encontros com o Papa Francisco, assim como a vigília com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, ida de Portugal propositadamente para as JMJ cujo lema era "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra", foram dos momentos mais altos, que eles descrevem como inesquecíveis.


Os trezentos jovens portugueses participantes nas JMJ no Panamá faziam parte de doze dioceses e seis movimentos/congregações, e foram acompanhados por seis bispos e trinta voluntários. A ACR de Castelo do Neiva conseguiu enviar três dos seus jovens, e foi com muito orgulho que todos no grupo trabalharam ao longo dos últimos anos para que isso fosse possível. Agradecem também à comunidade, que ajudou na angariação de fundos participando nas barracas montadas na Feira Medieval e festa de Nossa Senhora de Guadalupe, e nos bailes de Carnaval. 
Em 2022 contam enviar mais jovens a Lisboa e para isso começarão em breve a trabalhar.

(Fotos: Rodrigo Vaz e Marlene Rodrigues)

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Património destruído


O costume de colocar velas nas alminhas, muito enraizado na nossa freguesia, pode por vezes causar estragos irreparáveis nas mesmas, sem que, mesmo assim, esse hábito seja deixado de parte pelas pessoas. Há alminhas na freguesia com marcas de fumo e de cera, nos muros onde estão inseridas ou nas pedras em que estão colocadas. As pessoas põem as velas, acendem-nas, e vão embora descansadas da vida, com mais uma promessa cumprida. 
Mas as velas acesas são fogo que arde e que se vê, e que muitas vezes se estende para lá dos limites de um simples cilindro de plástico, que por sua vez arde mais depressa do que a cera.
Este nicho continha uma imagem de Nossa Senhora das Dores pintada em azulejo, com a inscrição DIZ Nª Sª DAS DORES: O AMOR DO CORAÇÃO É A VERDADEIRA FLOR . 
Tinha sido oferta de José Alves Vitorino, sem data inscrita mas deve ter sido pelos finais dos anos 70, acho (sem certezas). Fica à entrada do cemitério velho, do lado poente.
Velas acesas em frente à imagem arderam mais do que deviam, espalhando as chamas pelos invólucros de plástico. O resultado é o que se vê.
Os azulejos ficaram estragados, a imagem desapareceu. Era esta: