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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Viva o Casamento! - Teatro do Noroeste - CDV


O Teatro do Noroeste - Centro Dramático de Viana leva à cena de quarta-feira a sábado, no Teatro Sá de Miranda, a peça "Viva o Casamento", com participação e encenação do ator Fernando Gomes, muito conhecido dos portugueses devido aos vários trabalhos feitos em televisão, nomeadamente Rua Sésamo, onde fazia o papel de Zé Maria e "A minha família é uma animação", em que era o avô do Neco.

Fernando Gomes
(imagem da Net)
Fernando Gomes já tem trabalhado outras vezes com o Teatro do Noroeste,  encenando peças de sua autoria que têm tido bastante sucesso.
Viva o Casamento é uma comédia que tem como pano de fundo a cidade de Viana, onde habita Alfredo Pato e a sua bem estimada esposa Maria de Lurdes, a quem uns chamam Lurdinhas e outros Lulu.
No dia em que comemoram quatro anos de casados, Lurdinhas toma-se de amores pelo sócio do marido, o sr. Meireles, e ambos são vistos por este. Alfredo Pato tem um colapso e desmaia, mas ao despertar recorda-se de tudo e decide chamar o pai de Lulu, para que a leve para sua casa.
A partir daqui desenrola-se um conjunto de peripécias, intercalando a paixão da secretária menina Alice pelo sr. Meireles, a criada Glória, uma madeirense trintona que ainda acredita no amor e o pai de Lulu, que não aceita que aquele casamento acabe e fará de tudo para voltar a unir o casal.
Uma comédia musical muito bem conseguida, bons atores.
Duas horas de gargalhada garantida, a não perder!

domingo, 24 de janeiro de 2016

Festa de São Sebastião e aniversário da chegada do padre Xavier à paróquia


Realizou-se hoje a festa de São Sebastião, na missa das oito da manhã, seguida de procissão. Antigamente precedida de novena, esta festa realiza-se no domingo seguinte ao dia 20 de janeiro, dia em que se recorda o martírio do santo.
Conhecido como advogado contra a peste, a fome e a guerra, São Sebastião é muito venerado em Castelo do Neiva, assim como em todo Portugal continental e ilhas.

O padre Xavier na missa em que tomou posse
como pároco de Castelo do Neiva
Também no dia de hoje, na missa das dez e meia, se recordou a chegada do padre Xavier à nossa paróquia, que ocorreu no dia 20 de janeiro de 2008.
São já oito anos de trabalho como pároco na nossa terra. Nestes anos houve várias mudanças, umas que reuniram o consenso geral e outras que nem por isso, mas o balanço é positivo.
O padre Xavier, ainda bastante jovem quando cá chegou, trazia ideias diferentes daquelas a que o povo estava habituado, ideias essas que a pouco e pouco foi implantando na paróquia.
Nem sempre pegaram à primeira mas atualmente a maioria está bem enraizada.

O padre Xavier na atualidade
O mundo pertence aos jovens e, como dizia São João Paulo II, "jovens, não tenhais medo".
O padre Xavier é um jovem sem medo, amigo das crianças, dos jovens e de todos os paroquianos. Dou-lhe os parabéns por mais um aniversário como pároco de uma terra que muito o estima e faço votos de que o tenhamos connosco por muitos e muitos anos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Lenda da Cobra-Moura no Monte do Castelo


Antigamente havia Cobras-Mouras no Monte do Castelo. Era raro serem vistas, mas toda a gente sabia que elas estavam lá, à procura de alguém que as desencantasse.
Certo dia um rapaz foi sozinho ao monte e encontrou lá uma rapariga muito bonita, que lhe disse que era uma cobra moura e lhe pediu que a desencantasse, que ela lhe daria muitas riquezas. Ele concordou e ela disse-lhe que fosse àquele sítio durante três dias seguidos, à mesma hora, e que ela lhe apareceria em forma de cobra; cada dia uma cobra maior e ao terceiro dia ele teria de lhe fazer sangue, mas que não tivesse medo que ela não lhe faria qualquer mal.
No dia seguinte o rapaz dirigiu-se ao mesmo sítio. Apareceu-lhe então uma cobra grande, de uns três metros, que se aproximou dele e se lhe enrolou à volta do corpo. Lembrando-se do que a moura lhe dissera, o rapaz controlou o medo e não fugiu. A cobra foi embora.
No segundo dia passou-se o mesmo, mas a cobra teria já uns cinco a seis metros. A custo o rapaz controlou o medo que sentia, mas conseguiu vencê-lo e a cobra foi embora.
Mas no terceiro dia, estando no mesmo sítio à espera, começou a ouvir um grande barulho, como do arrastar de pinheiros. Era uma cobra com dez metros de comprimento e o diâmetro de um tronco de árvore, que ali vinha. Enorme e com uma espécie de concha na cabeça (talvez uma cobra-capelo?) aproximou-se dele. O rapaz tentou controlar o medo mas começou a assustar-se quando a cobra encostou a cabeça à sua. Entrou em pânico e fugiu.
A cobra moura ao vê-lo fugir disse, com amargura: “ah, desgraçada, que me dobraste a fada…” Teria de estar encantada o dobro do tempo que já estivera, até poder tentar de novo encontrar um rapaz corajoso que lhe quebrasse o encanto (ou a fada).

A Moura desencantada

Outra lenda relata o caso em que uma Cobra-Moura foi desencantada com sucesso. O rapaz que o tentava, ao ver no terceiro dia aquela espécie de cobra-monstro, não esmoreceu, porque tinha na mente as palavras da rapariga: Vais assustar-te comigo, mas não te farei mal algum. Acreditou nela e, mesmo quando aquele bicho enorme, semelhante a um tronco de pinheiro com dez metros de comprimento e uma concha na cabeça, se aproximou do seu rosto até quase lhe tocar, ele não teve medo. Picou-a e o sangue escorreu.
Nesse mesmo instante a cobra transformou-se na rapariga que ele conhecera, a única forma que daí em diante teria. Ela agradeceu muito ao rapaz e deu-lhe uma panela, dizendo-lhe que só a destapasse em casa.
O rapaz aceitou a panela por educação, pois era uma panela velha, e despediu-se da rapariga. Foram os dois embora dali, cada um para o seu lado.
Quando o rapaz achou que estava longe e a moça não o via, destapou a panela e viu que estava cheia de carvões em brasa. Despejou o conteúdo na beira do caminho e, entre desiludido e divertido, levou a panela para casa, pois ainda servia para cozinhar.
Ao chegar a casa, destapou a panela para a lavar e viu, com espanto, que os restos de cinza do carvão se tinham transformado em ouro. Arrependido, voltou atrás, ao sítio onde tinha despejado as brasas, mas já lá não havia nada. Já a Moura as tinha recolhido todas.

(Estas lendas foram-me contadas por minha avó, falecida em 2014 com 95 anos.)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Terço na capela da Senhora das Neves


Todas as segundas-feiras pelas três horas da tarde, na capela da Senhora das Neves, reúne-se um grupo de pessoas para rezar o terço.
Começa-se com o terço da Misericórdia, muito recomendado por Nosso Senhor a santa Faustina. Depois reza-se o terço a Nossa Senhora, pela paz no mundo e outras intenções. A oração do terço foi muito recomendada aos três pastorinhos por Nossa Senhora, em Fátima.
Foi em setembro de 2010 que um pequeno grupo se juntou para rezar. Algumas pessoas pertenciam ao Movimento Mensagem de Fátima, que lhes sugeriu esta iniciativa.
Palavra puxa palavra, atualmente  o grupo é formado por um número considerável de pessoas. Mas não está restrito a ninguém, quem vier é sempre benvindo.
Nossa Senhora tomou esta iniciativa nas suas mãos e cuida de quem a venera, capacitando os elementos do grupo para o que faz falta (cantar, dirigir a oração, fazer as leituras, recitar o terço, etc).
Há quem participe neste momento de oração desde o início, há quem tenha começado mais tarde.
Há quem o faça de vez em quando, por vezes completando novenas (nove vezes).
Se tiver tempo livre entre as três e as quatro horas, às segundas-feiras, apareça, nem que seja apenas de vez em quando. Venha fazer um miminho a Nossa Senhora, Ela a todos acolhe.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Jornal Monte do Castelo

Está à venda mais um nº do jornal Monte do Castelo, editado pelo GRECANE (Grupo Recreativo e Cultural de Castelo do Neiva) e com tiragem mensal.
São já quarenta e um anos ininterruptos o que esta publicação leva aos ombros. Por ela passaram muitas pessoas, todas a trabalhar por amor à camisola, nem sempre com o reconhecimento merecido mas para quem trabalha por gosto a satisfação maior é saber que alguém, seja quem for, gosta do trabalho feito. E quem não gosta que ponha na borda do prato, diz o povo e digo eu.
Lembro-me bem de quando este jornal surgiu. A minha avó comprava-o sempre, para eu ler. E eu tinha oito anos...
Foi com este jornal que adquiri muita da cultura que agora tenho. Seguia com interesse as entrevistas ao falecido António da Jabela e foi aqui que tomei conhecimento do que era o Tarrafal. Lembro-me de ele contar sobre a "frigideira", uma cela pequena e abafada, que era o castigo para quem se portava mal. Para quem não sabe, o Tarrafal era uma espécie de campo de concentração para os presos políticos. Penso que se situava em Cabo Verde, que naquela altura era uma província portuguesa, fazendo parte de Portugal Ultramarino.
Foi também com este jornal que aprendi a fazer palavras cruzadas. Eu não sabia o que era aquilo mas um dia, depois de ter lido o jornal todo e ainda com vontade de ler mais, fui lendo aquelas palavras que eu não sabia para que serviam. E reparei no quadrado axadrezado acima. E reparei que sinónimos daquelas palavras cabiam nos quadradozinhos. E tentei. Pronto, aprendi a fazê-las.
Lembro-me de haver muita confusão com a forma como se lia o acrónimo GRECANE. Ninguém sabia como o fazer, tanto se acentuava a primeira vogal E e se deixava muda a A como o contrário, ou se acentuavam as duas, que é o que se faz atualmente.
Este jornal tem crescido muito ao longo dos anos, mas houve uma altura em que me pareceu que tinha estagnado. Era só política, os temas abordados e as notícias eram somente para falar mal.
Houve uma entrevista publicada há já bastantes anos, a um emigrante castelense em terras longínquas, que me fez deixar de comprar o jornal. Deixei mesmo, não suporto que se fale mal da nossa terra, não ia comprar o jornal para ler palavras que eu considerava impróprias na boca de um castelense e indignas de ser aceites por quem realizou a entrevista, muito menos publicadas.
Entretanto o jornal mudou. Mudou a direção, mudaram as mentalidades. E eu voltei a comprar.
Monte do Castelo segue caminho preparando-se para o meio século, que será festejado com pompa e circunstância, espero.



sábado, 9 de janeiro de 2016

Passeio a Balazar, Sameiro, Bom Jesus e Priscos

No dia 3 de janeiro a comissão de festas de Nossa Senhora de Guadalupe organizou uma excursão a Balazar, Sameiro, Bom Jesus e Priscos, para ver o presépio vivo.
Choveu durante todo o dia mas a viagem decorreu bem e foi muito agradável.
Aqui ficam algumas fotos:

Balazar, igreja paroquial
Balazar, presépio na igreja paroquial
Santuário do Bom Jesus do Monte, Braga
Imagens do Bom Jesus e de Nossa Senhora das Dores
Presépio no santuário do Bom Jesus
Em Priscos, visitando o presépio

A Sagrada Família no presépio de Priscos

Festa do Menino

Como todos os anos, no dia 1 de janeiro realizou-se a festa do Menino, na igreja paroquial.
Como chovia não deu para sair a procissão. O leilão das ofertas fez-se dentro da igreja.
Foi um leilão muito renhido, com remates muito interessantes e boas risadas a acompanhar.
Não tirei fotografias mas depois em casa tirei uma ao cabaz que rematei.

Presépio vivo

Em dezembro, no dia de Natal, a ACR organizou, como tem feito ao longo de vários anos, o presépio vivo no adro da igreja paroquial. Antes das duas missas da manhã quem chegasse podia ver os figurados: a sagrada Família com o Menino Jesus, os três reis magos, pastores e ovelhinhas.
Houve necessidade de duas famílias sagradas, uma para a missa das 9 h e outra para a missa das 11, devido ao prolongamento das cerimónias religiosas (todos os figurados têm de participar na missa) e pela pouca idade dos Meninos Jesus, que se cansam e aborrecem, comportamento natural nos bebés.
Foram substituídos também os anjos, com cada Família, e como curiosidade refira-se que ambos os Meninos Jesus eram filhos dos casais que faziam de Maria e José e irmãos do respetivo anjo.
Distribuíram-se rebuçados como lembrança a quem passava, presente singelo que apenas pretendia mostrar que, para fazer os outros felizes, não é preciso dar muito mas dar com boa vontade e alegria.


















Festa de Natal da catequese e da comunidade

No dia 19 de dezembro realizou-se no Salão Paroquial a festa de Natal da catequese e da comunidade. Teve como convidados o padre Sandro Vasconcelos e os Evangelium Cantate.
No final o padre Xavier entregou uma lembrança aos catequistas e músicos.






Presépio oferecido pelo padre Xavier aos catequistas e músicos



Algumas fotos da exposição de presépios organizada pela ACR