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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Um solicitador da nossa terra


Nuno Pereira, um jovem bem conhecido na nossa terra, abriu um escritório de Solicitadoria. Situa-se na Avenida Central, em frente ao antigo café do Cavalheira, perto da Caixa de Crédito Agrícola. O Nuno é licenciado e está inscrito na Câmara dos Solicitadores, com a Cédula Profissional nº 7360.
Hoje foi a inauguração, às 17 horas, com um pequeno concerto dado pelo seu amigo Sérgio, membro do grupo musical Triunvirato. Seguiu-se um faustoso lanche, para todas as pessoas que compareceram ao evento. Familiares e amigos quiseram marcar presença e parabenizar o Nuno, desejando-lhe o maior sucesso.
O Nuno está habilitado para tratar de questões legais relacionadas com partilhas, reconhecimento de assinaturas, contratos, cobrança de dívidas, autenticação de documentos, registos online, registo automóvel e assuntos fiscais.
O horário de funcionamento do escritório é o seguinte:

  • Segunda-feira - de tarde
  • Terça-feira - todo o dia
  • Quarta-feira - de manhã
  • Quinta-feira - todo o dia
  • Sexta-feira - de manhã.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O Entrudo em tempos idos


Hoje é terça-feira de Carnaval. O dia está chuvoso e por isso, dizem os velhos, a Páscoa será soalheira: "Entrudo borralheiro, Páscoa soalheira" e vice-versa. E como "ditados de velhos são evangelhos", é tido como certo que o sol brilhará durante a visita pascal.
Antigamente neste dia de Carnaval, ou Entrudo, havia muitos "caretos" a passear pelos caminhos da nossa terra. Não havia lojas de chineses para se comprarem fatos nem era costume alugarem-se, cada um ajeitava-se com o que havia na caixa da avó ou das tias.
Saias velhas, camisas largas, botas grandes, tudo servia para se esconderem as formas do corpo. Na cabeça enfiava-se um pano com buracos para os olhos e a boca. E usava-se um pau para caminhar, tentando mudar o andar costumeiro. Toda a gente mancava, no Carnaval...
Se fosse preciso falar também se mudava o tom de voz. E se alguém oferecesse uma bebida aos caretos, para tentar que eles se destapassem, era quase certo ficar na mesma porque eles, ou recusavam, ou traziam consigo uma palhinha e por ela bebiam.
Era uma tarde divertida. Logo ao fim do almoço começavam a aparecer os caretos e era até ao anoitecer. Alguns eram brutos e usavam o pau para assustar as crianças, outros usavam o pau como defesa se alguém lhes tentasse arrancar a máscara (careta).
Ainda mais antigamente, no tempo dos nossos avós, era costume na noite de Entrudo os homens, disfarçando a voz, apregoarem coisas que era suposto ser segredo. Se alguém namorasse às escondidas podia ter a certeza que chegando este dia toda a gente ia ficar a saber.
Havia quem o dissesse em verso, com perfeitas quadras ao jeito popular, algumas adaptadas de outras muito conhecidas na altura. A Maria do Maravilha, uma senhora que mora comigo, contou-me algumas que a mãe e as tias lhe ensinaram:

Loureiro pega de estaca
amieiro de raíz
aqui nesta função
entra o Zé do de Assis.

O visado tinha feito alguma, de certeza...

Ó Julinha do Maravilha
a folha da vinha cai
eu quero que me tu digas
pra onde está o teu pai.

Ó Julinha do Maravilha
olha prà Estrela do Norte
tu querias o Monteverde
mas ele usa capote.

A Júlia do Maravilha era uma moça a quem o Monteverde pretendia namorar, mas o pai dela não consentia por ele ser muito rico, temia que fosse para abusar dela. A referência ao capote quer dizer precisamente isso, que ele era muito rico, pois só esses tinham dinheiro para comprar um.
Essa moça faleceu antes dos vinte anos, com a pneumónica, ou gripe espanhola. Foi uma epidemia de gripe que apareceu logo após a guerra de 1914-1918 (1ª Guerra Mundial).

E outra:

Ó tio Manel da Gajeira
quem quer comprar vai à feira
o falar sem considerar
é cair em grande asneira.

Provavelmente esse senhor tinha falado demais...
O costume de os homens se mascararem e falarem "demudado" também se usava nas desfolhadas.

No Entrudo, também chamado Terça-feira Gorda, era costume, e ainda é em muitas casas, comer cozido e filhoses. As filhoses eram feitas com o mesmo tipo de massa  com que atualmente se fazem os crepes, a diferença era a consistência: havia quem gostasse delas mais grossas e não eram recheadas, polvilhavam-se com açúcar e canela.
A minha mãe gostava das filhoses feitas com farinha de cevada em vez da de trigo, mas já não se encontra dessa farinha à venda nos supermercados.
Era um dia de bem comer, quem tivesse posses para isso, contrastando com a Quaresma, que se inicia logo no dia seguinte e em que se jejuava mais vezes do que agora.
E termino com um dito que a minha avó tinha para esses dias:

Santo Entrudo, já me eu vou
quem muito comeu, com pouco ficou.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Baile da paróquia - Carnaval 2016

Realizou-se no passado sábado, dia 6 de fevereiro, o baile de Carnaval da paróquia, organizado pela ACR (Ação Católica Rural) e pela Comissão de Festas de Nossa Senhora dos Emigrantes, com o apoio do Centro Social e Paroquial. Foi uma noite muito divertida, com muitas caracterizações dignas de registo.
A entrada custava 2 carnavais mas era um 3 em 1: bilhete de acesso ao baile, uma rifa e uma bebida grátis.

Velhotes Românticos
As gémeas
Os Góticos
Os Caretos

Houve concurso de máscaras, em três categorias: Infantil, Adulto/Casal e Grupo, que teve muita participação.

Na categoria Infantil venceu o Agente/Polícia (não tenho foto). Prémio: DVD dos Mínimos

Na categoria Adulto/Casal venceu a Matrafona SolangePrémio: 3 garrafas de vinho

Matrafona Solange

Na categoria Grupo venceram os Taras e Manias. Prémio: Cabaz com vários artigos.

Os Taras e Manias

Sorteio das rifas: 
1º Prémio - Jantar na marisqueira da Pedra Alta - Fernanda Ferreira
2º Prémio - Cabaz com vários artigos - Manuela Vaz
3º Prémio - Uma garrafa de uísque - Patrícia Araújo

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Bolo fácil de chocolate

Eu não costumo fazer bolos porque raramente crescem como deve ser.
Prefiro fazer tartes, pudim ou bolo de bolacha mas hoje deu-me para isto.
E isto é um bolo de chocolate facílimo de fazer.

Ingredientes:

  • 1 copo de chocolate em pó (usei Suchard Express mas pode ser Nesquick)
  • 2 copos de farinha
  • 1 copo de óleo
  • 1 copo de água morna
  • 1 copo de açúcar
  • 4 ovos (usei 5 que eles eram pequenos)
  • 1 colher (de chá) de fermento

Preparação:

  • Liga-se o forno a 180 graus;
  • Unta-se uma forma de chaminé (de buraco) com margarina e polvilha-se com farinha;
  • Deitam-se todos os ingredientes numa bacia e mexe-se, à mão ou com a batedeira à velocidade mínima, podendo aumentar um bocado depois de uns minutos;
  • Quando a massa estiver fofa e a formar bolhas, deita-se na forma e coloca-se no forno;
  • Coze durante uma hora, mais ou menos, espeta-se um palito para verificar se está cozido;
  • Deixa-se arrefecer dentro da forma, dentro do forno mas com a porta aberta (não se tira do forno para ver se está cozido, espeta-se o palito com o bolo dentro do forno);
  • Quando estiver morno desenforma-se.

Pode polvilhar-se com açúcar em pó ou coco.
Ou então fazer um molho com:

  • 6 colheres (sopa) de chocolate em pó
  • 12 colheres (sopa) de leite
  • 2 colheres (sopa) de manteiga

Derrete-se tudo em banho-maria e deita-se por cima do bolo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Mini corso carnavalesco da Escola E B 2 3


Como todos os anos, a Escola E B 2 3 organizou o desfile de Carnaval das crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, ou seja, os alunos do 1º ao 4º ano.
O tema era o mar. Houve muita imaginação por parte das crianças, ou de quem lhes elaborou os fatos. Vi mini pescadores, peixeiras, sargaceiras, marinheiros e marinheiras (até o Capitão Jack Sparrow desfilou). Acho que até vi uma medusa.
Levavam redes, rabichéis e outros utensílios.
Muito divertidos, fizeram um percurso considerável desfilando desde a escola até à capela da Senhora das Neves, subindo para Santiago e indo à volta pela avenida de Moldes, de regresso ao ponto de partida (pelo menos assim me pareceu).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Assalto à Caixa de Crédito Agrícola

Foto: www.creditoagricola.pt

A dependência da Caixa Agrícola do Noroeste, situada na Avenida Central, foi hoje assaltada por um indivíduo de cara descoberta, armado. Após o roubo o larápio fugiu a pé. 
Segundo vários meios de Comunicação Social, por volta das 13 horas o homem, que aparentava ter de 25 a 30 anos, entrou no edifício e, sob ameaça de arma, exigiu que lhe dessem dinheiro.
Ainda segundo a Comunicação Social, ninguém ficou ferido durante o assalto mas a investigação passou para a Polícia Judiciária, por envolver arma de fogo. Uma equipa esteve durante a tarde nas instalações do Banco, a recolher impressões digitais e outros indícios.
Parece que a quantia levada pelo assaltante foi irrisória (provavelmente porque não teve tempo para levar mais ou estava nervoso) mas o facto de ter sido possível este assalto, numa rua bastante movimentada e àquela hora, alarmou toda a gente. 

Novos contentores para o lixo


A Câmara Municipal substituiu os contentores do lixo, por outros de maior capacidade. 
São bastante grandes e cabem dentro muitos sacos de lixo, mas não são fáceis de manusear, nomeadamente de abrir.
A tampa é mais pesada e abre carregando-se com o pé no pedal, que se encontra um pouco acima da base, ao mesmo tempo que se tem de pegar no saco e atirá-lo lá para dentro.
Se o saco for pesado custa um bocado levantá-lo tão ao alto. 
Já vi uma pessoa com dificuldades em despejar o saco de lixo no contentor. 
Pessoas em boa forma física não têm problemas em fazê-lo mas as mais baixinhas e com menos força custa-lhes um bocado.
À parte esse pormenor, os novos contentores são ótimos porque, além de grandes, a tampa não abre facilmente com o vento e o mau cheiro não se espalha.