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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Peregrinação a Santa Luzia



Em novembro de 1918 foi feita a promessa ao Sagrado Coração de Jesus, pelo povo de Viana do Castelo, de uma procissão anual ao cimo do monte de Santa Luzia, a pedir ajuda por causa da epidemia da pneumónica, em que morriam muitas pessoas na cidade e arredores. Os enterros eram feitos de noite e não tocavam os sinos a defunto, para não assustar os que estavam doentes. Morriam várias pessoas da mesma casa, todas as famílias ficaram enlutadas.
No dia em que foi feita a promessa, por um sacerdote em frente à igreja de Nossa Senhora da Agonia, tinham morrido duas pessoas em Viana. Foram as últimas que morreram da doença, diz-se que depois não morreu mais ninguém de pneumónica.
Este ano seria a 99ª vez que se realizaria a peregrinação, pois, apesar de a promessa ter sido feita em 1918, só em 1921 as autoridades permitiram que se realizasse a procissão pela primeira vez. Seria no dia 21 de junho, domingo seguinte à solenidade do Sagrado Coração de Jesus, mas a confraria de Santa Luzia cancelou a procissão/peregrinação devido ao novo coronavirus. 
No entanto, foram muitas as pessoas que nesse dia se dirigiram ao templo para cumprir as suas promessas, tanto ao Coração de Jesus como a santa Luzia. Também da nossa paróquia, sempre tão bem representada na peregrinação, foram muitos os devotos que lá foram, uns a pé desde as suas casas, outros de automóvel. 
Houve missa campal no Parque das Tílias, presidida por D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana, onde se respeitaram as normas impostas devido à covid-19: distanciamento, uso de máscaras e desinfeção das mãos. Houve quem publicasse nas redes sociais fotos da Eucaristia, tiradas de um ângulo em que dá a ideia de serem muito mais pessoas e muito juntas, mas não foi assim, tudo decorreu dentro das normas.
No recinto também era obrigatória a máscara e respeitava-se a distância social. Havia fila para entrar no templo, entravam poucas pessoas de cada vez.
Notou-se a presença da polícia, que não teve necessidade de intervir, apenas proibiu o acesso de automóveis ao santuário para que houvesse mais espaço para as pessoas. Tudo se passou com calma e respeito e toda a gente cumpria as regras.
No ano que vem, se Deus quiser, será o centenário da peregrinação, e pedimos a graça de podermos lá ir novamente, nos mesmos moldes dos anos anteriores. 
Que o Sagrado Coração de Jesus nos proteja.

domingo, 14 de junho de 2020

Solenidade do Santíssimo Sacramento



Realizou-se no domingo, dia 14 de junho, a solenidade do Santíssimo Sacramento. 
Em tempos de pandemia e devido à proibição de procissões, não se realizou a festa nos moldes habituais, com procissão do Senhor, mas nem por isso este dia solene deixou de ser festejado. Assim, no final da Eucaristia das 8 h da manhã Monsenhor Caldas expôs o Santíssimo sobre o altar-mor, que aí ficou para adoração dos fiéis até às 10h30, hora a que se iniciava a segunda Eucaristia de domingo, celebrada pelo padre Xavier.
Não houve procissão mas houve incensão, oração e adoração ao Senhor sacramentado, que saiu do sacrário para se expor aos olhos de quem O ama e adora e em seu íntimo repete sem cessar: graças e louvores se dêem a todo o momento ao Santíssimo, Diviníssimo Sacramento.

sábado, 13 de junho de 2020

Dia de santo António



Santo António é lembrado e venerado na nossa paróquia desde tempos imemoriais. Considerado padroeiro ou patrono dos animais, havia quem oferecesse ao santo produtos da terra ou de criação, como milho ou ovos, em pagamento da sua proteção aos animais que possuía. Era costume, em tempos idos, oferecer-se uma ou mais telhas de milho ou outro produto. Não se oferecia a telha em si mas usava-se esta como medida.
Santo António é um santo que é festejado no próprio dia (13 de junho) e não no domingo próximo, como acontece com outros. Missa cantada, sermão e procissão era o habitual, mas este ano por causa das medidas de restrição o dia foi assinalado apenas com Eucaristia de Ação de Graças em seu louvor, na igreja paroquial, e com a colocação de toalha e flores no seu altar. 
Devido à covid-19 retiraram-se as toalhas de todos os altares, menos do altar-mor, e não se colocam flores a não ser um pequeno arranjo em frente ao altar-mor, por isso a colocação de toalha e flores no altar de santo António foi também uma forma de o homenagear.