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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Alzira Gonçalves de Miranda

 

Jovial, serena, tranquila. Assim era quando a conheci, tinha ela 100 anos de idade. Deixou-se fotografar, conversou, recitou-me antigas orações. Era linda, com aquela beleza que agrada ao coração e nos enche a alma.
Adormeceu tranquilamente no Senhor às 22h08 do dia 3 de novembro, já com 102 anos completos. Na hora do funeral, quando o cortejo fúnebre saía da capela de repouso e se dirigia para a igreja, onde se celebraria missa de corpo presente, o céu verteu algumas lágrimas e de imediato surgiu no firmamento um belíssimo arco-íris, como que prenunciando a entrada dela no reino da eterna glória.
Alzira Gonçalves de Miranda deixou saudades, mas também boas recordações e memórias em todos que a conheceram, e sou grata por ter tido também esse privilégio. Eis duas das orações que me legou, rezadas ao deitar:

Já apaguei a minha candeia
Já lá vai a minha luz 
Que será da minha alma 
Sem a graça de Jesus?
O meu corpo está defunto 
Mete medo e pavor 
Que será da minha alma 
Sem a graça do Senhor?
Senhor, eu dormir quero 
Minha alminha Vos entrego 
Se eu dormir acordai-me 
Se eu morrer alumiai-me 
Com os três candeeiros 
Da Santíssima Trindade.
 
Nesta sepultura me vou deitar 
E se a morte me vier buscar 
E eu não possa falar 
O meu coração dirá três vezes 
Jesus, Jesus, Jesus 
À cruz e ao lado 
E ao Senhor crucificado 
Jesus no meu peito 
Jesus na minha alma 
Jesus no lugar em que me eu deito.

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