Páginas

domingo, 26 de abril de 2020

Uma Páscoa diferente


Este ano tivemos uma Páscoa diferente. Depois do cancelamento do Sagrado Lausperene e do Senhor aos Enfermos, também não se realizou a missa de Lava-pés na Quinta-feira Santa, a Via Sacra na Sexta-feira Santa, a vigília pascal na noite de Sábado Santo nem houve compasso pascal nos três dias habituais. Não houve também a festa da Pascoela nem a Primeira Comunhão, prevista para o dia 26 de abril. Foi uma Páscoa triste a culminar uma Quaresma sem missas, sem procissões nem a habitual confissão sacramental que se realiza, segundo a doutrina cristã, ao menos pela Páscoa da ressurreição.
Afastados dos seus paroquianos, alguns sacerdotes desvelaram-se em publicações nas redes sociais, rezando o terço e celebrando a Eucaristia, sem assistência, que transmitem através do Facebook. Houve também uma campanha, que ninguém sabe como começou mas que se espalhou rapidamente por todo o país, que foi a das cruzes pascais. Todos fomos convidados a construir uma cruz, de um qualquer material, e a colocá-la em nossas casas, nas varandas, na porta, na janela ou onde desse mais jeito e ficasse visível da rua. Durante a Semana Santa essa cruz teve um tecido ou fita de cor roxa e ramos de oliveira, que no dia de Páscoa foram substituídos por um tecido branco e flores. Também fomos convidados a elaborar um altar doméstico no interior do nosso lar, com os nossos santos, um crucifixo, a Bíblia, flores, etc.
Desse modo vivemos este ano a Páscoa, que devido à pandemia de Covid-19 ficamos impedidos de celebrar com a habitual festa e alegria, mas estamos todos bem e é o mais importante. Para o próximo ano, se Deus quiser, tudo voltará ao normal.

Sem comentários: