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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Monumento do Covid

Em 2020, no início da pandemia, surgiu no alto do monte da Talucha um monumento, feito pelo dono do terreno onde se erguem as pedras que o sustentam. Com referências à covid-19, nele foram instaladas placas de acrílico com diversos pedidos e louvores a Jesus e à Santíssima Trindade. 
O dono do terreno, numa dessas placas, afirma ter presenciado um momento espiritual e sobrenatural, na aparência de uma gota de sangue aparecida do nada. Esse momento marcou-o e levou-o a erigir o monumento, colocando pedras figurativas no cimo de um pedregulho que já ali estava e completando-o com as placas de acrílico e flores. 
Passados dois anos o monumento continua ereto, apesar de algumas placas terem sido substituídas por se terem estragado com o mau tempo.

Durante os confinamentos por que passámos, muitas foram as pessoas que ganharam hábitos de caminhar pelo monte. Ao verem fotos do local colocadas na internet, muita gente quis visitar o monumento, e houve quem lhe desse o nome de Nossa Senhora do Covid. 
Visitei-o novamente há uns dias e verifiquei que ainda perdura e está para ficar, pois o local está limpo, renovado e tem sempre flores frescas numa loca da pedra. 

A figura representada no cimo do pedregulho, e que deu origem ao monumento, pode ser vista de dois modos: como uma imagem abstrata de Nossa Senhora, com o seu manto, ou como figuração da Santíssima Trindade, representada pelo triângulo. 
A devoção popular é que cria os locais santos, são os simples que primeiro sentem a presença de Deus onde mais ninguém a vê. Se este local convida à santidade, se no silêncio deste monte se reza melhor e mais perto de Deus, então deixemo-nos tomar desta presença divina e adoremos o Senhor. 

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