Jovial, serena, tranquila. Assim era quando a conheci, tinha ela 100 anos de idade. Deixou-se fotografar, conversou, recitou-me antigas orações. Era linda, com aquela beleza que agrada ao coração e nos enche a alma.
Adormeceu tranquilamente no Senhor às 22h08 do dia 3 de novembro, já com 102 anos completos. Na hora do funeral, quando o cortejo fúnebre saía da capela de repouso e se dirigia para a igreja, onde se celebraria missa de corpo presente, o céu verteu algumas lágrimas e de imediato surgiu no firmamento um belíssimo arco-íris, como que prenunciando a entrada dela no reino da eterna glória.
Alzira Gonçalves de Miranda deixou saudades, mas também boas recordações e memórias em todos que a conheceram, e sou grata por ter tido também esse privilégio. Eis duas das orações que me legou, rezadas ao deitar:
Já lá vai a minha luz
Que será da minha alma
Sem a graça de Jesus?
O meu corpo está defunto
Mete medo e pavor
Que será da minha alma
Sem a graça do Senhor?
Senhor, eu dormir quero
Minha alminha Vos entrego
Se eu dormir acordai-me
Se eu morrer alumiai-me
Com os três candeeiros
Da Santíssima Trindade.
Nesta sepultura me vou deitar
E se a morte me vier buscar
E eu não possa falar
O meu coração dirá três vezes
Jesus, Jesus, Jesus
À cruz e ao lado
E ao Senhor crucificado
Jesus no meu peito
Jesus na minha alma
Jesus no lugar em que me eu deito.
Sem comentários:
Enviar um comentário