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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Peregrinação a Santa Luzia

No dia 29 de junho realizou-se a peregrinação anual ao monte de Santa Luzia e a paróquia de Castelo do Neiva participou como habitualmente, juntamente com a de Darque. A cruz paroquial, bandeiras, escuteiros, catequistas, ACR, Grupo Coral, o padre Xavier, acólitos e muito povo rumaram ao alto do monte em modo peregrino, rezando e cantando em honra do Sagrado Coração de Jesus. Estava uma manhã muito quente, cedo o sol começou a aquecer bastante, o que não facilitou a subida, mas com esforço e fé tudo se torna mais fácil.
A peregrinação a Santa Luzia é feita em honra do Sagrado Coração de Jesus, por promessa antiga com mais de cem anos. É feita anualmente em agradecimento pelo fim da pandemia de 1918/1920, em que morria tanta gente que já nem se tocava o sino. Não é uma peregrinação em honra de Santa Luzia, embora haja quem aproveite esse dia para também pagar promessas que tenha a essa santa, que conta muitos devotos entre as gentes de Viana e arredores. A peregrinação começa na cidade, ao pé do Jardim D. Fernando, e termina no Jardim das Tílias, onde a imagem do Sagrado Coração de Jesus, que habitualmente se encontra dentro do templo, aguarda a chegada dos fiéis. 
O mais importante nesta peregrinação é a adoração ao Sagrado Coração de Jesus, e assim como os peregrinos de Fátima terminam a sua peregrinação rezando aos pés da imagem de Nossa Senhora (e lhes ficam bem marcadas as lágrimas derramadas nessas ocasiões) assim os peregrinos do Sagrado Coração de Jesus devem terminar a peregrinação aos pés da Sua imagem, que aguarda solitária no palco onde está montado o altar. Mesmo que não possam ficar para a celebração da Eucaristia, os peregrinos devem ir prestar o seu preito à sagrada imagem como remate da peregrinação. Mesmo que o bispo esteja a saudar os peregrinos na escadaria em frente ao templo, a procissão deve prosseguir até ao Jardim das Tílias e terminar aos pés de Jesus, já que é em Sua honra que é feita. Ou será que já não é? 
Vejo prestarem-se honras ao bispo, terminando logo ali a procissão. Saúda-se o bispo, tiram-se fotos, e nem se vai ao pé do Coração de Jesus, que solitário aguarda a chegada de peregrinos que nunca O veem nem se chegam perto. Há paróquias que terminam a procissão logo ali ao pé do bispo, sem uma oração final ou saudação ao Sagrado Coração, sem se aproximarem dEle, sem uma reverência à Sua divindade, sem uma manifestação de fé à Sua imagem, como se essa imagem fosse apenas um enfeite para o altar montado no palco, a que não se presta atenção nem se respeita. Há paróquias, mas não todas as paróquias, felizmente.

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